2 de fevereiro de 2010

Gota de formação: A alegria de ser discípulo-missionário

Geralmente o mês de fevereiro é marcado, no Brasil, pelo Carnaval e pela volta das crianças ás aulas. Dois momentos de forte alegria: a música, a dança, os desfiles do carnaval e o reencontro dos amigos, bem como o nascimento de novas amizades no retorno das férias escolares.

Porém, momentos de alegria exterior.

O penúltimo domingo dos Tempos do Advento e da Quaresma são chamados “domingos da alegria”, por estarmos já ás vésperas do Natal ou da Páscoa, as duas maiores festas do Cristianismo. E o Apóstolo Paulo nos exorta a vivermos sempre alegres no Senhor (cf. Fl 4,4). A verdadeira alegria não é feita de barulhos externos, mas vem de dentro, de onde mora Jesus, do interior de nossa alma. Ele é a fonte da verdadeira alegria.

Muito oportunamente a CNBB escolheu como lema do Projeto Nacional de Evangelização O Brasil na Missão Continental a frase “a alegria de ser discípulo-missionário”. O cristão é uma pessoa alegre por excelência, pois sabe que “nada poderá nos separar do amor de Deus” (cf. Rm 8,35). Sendo discípulo, isto é, convivendo e aprendendo com o Mestre, o cristão torna-se missionário, isto é, um propagador da Boa Nova de Salvação, que é o próprio Cristo, com quem convive. E o faz com alegria, pois sabe que está partilhando com os outros o maior tesouro que pode oferecer a alguém.

João Paulo II disse, certa vez, que “a fé se fortalece dando-a” (cf. RMi 2), isto é, quanto mais eu partilho minha fé com os outros que ainda não a conhecem, mas eu me fortaleço na fé e, portanto, mais tenho motivos de alegria. Partilhar a fé não apenas é uma obrigação para o cristão (cf. 1Cor 9,16), mas até mesmo um gesto de inteligência, pois o cristão sabe que com isso seu coração se alegrará ainda mais em Cristo Jesus.

Enquanto milhares de pessoas buscam alegria onde só se encontram sensações momentâneas (que muitas vezes terminam em desilusão e frustração), saibamos partilhar nossa fé de discípulos-missionários, aumentando assim a alegria verdadeira, aquela que “a traça não corrói e o ladrão não rouba” (cf. Mt 6,20).

Pe. Edson Assunção

Sec. Nac. Infância e

Adolescência Missionárias

Cáritas Brasileira já arrecadou mais de R$ 1 milhão para o Haiti

Neste fim de semana, a equipe de Cáritas, provenientes de várias partes do mundo, iniciou os trabalhos de planejamento junto à Cáritas Haiti em Porto Príncipe. O objetivo foi conhecer a estrutura que a Cáritas haitiana ainda tinha para implementar a “chamada imediata de emergência” de maneira que assegure a ajuda humanitária de forma qualitativa.  De acordo com Hector Hanashiro, coordenador de emergências da Cáritas para a América Latina e o Caribe, todas as pessoas que trabalharão como voluntárias ou contratadas deverão ter o acompanhamento direto do pessoal da Cáritas Haiti equivalente à função.

Técnicos em saúde, logística, distribuição, saneamento e água estão sendo solicitados às Cáritas de todo o mundo para compor a equipe no Haiti. Contadores também se integrarão aos profissionais requisitados para que “se possa assegurar, desde o princípio, a responsabilidade e a transparência financeira com as doações enviadas”. “É importante esclarecer que os fundos arrecadados serão utilizados para oferecer uma resposta de alta qualidade, sob os requisitos dos doadores e do sistema interno da Cáritas Haiti, que já está definindo estes detalhes”, disse Hanashiro em comunicado à Cáritas Brasileira. 
As necessidades urgentes, segundo Hanashiro, continuam sendo alimentação, saúde, água potável, saneamento e abrigos. Há ainda problemas com grupos importantes de mulheres grávidas, crianças órfãs, famílias com algum desaparecido ou ferido que foi enviado a outras localidades, incluindo hospitais na República Dominicana. “Dada a quebra da economia haitiana, é imperativo gerar imediatamente formas de trabalho temporário e, em longo prazo, emprego sustentável”, alertou ele. 
O Brasil também responde

Em carta divulgada, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, e o presidente da Cáritas Brasileira, Dom Demétrio Valentim, conclamam todas as comunidades eclesiais, paróquias e dioceses a promoverem orações e coletas em dinheiro para as vítimas do desastre. 
As doações em dinheiro podem ser feitas nas seguintes contas bancárias:
- Banco do Brasil - Agência: 3475-4; Conta Corrente: 23.969-0;
- Caixa Econômica Federal - OP: 003; Agência:1041; Conta Corrente:1132-1;
- Banco Bradesco - Agência: 0606 ; Conta Corrente: 70.000-2.

   CNPJ da Cáritas Brasileira:  33.654.419/0001-16
Os recursos serão destinados às ações de socorro imediato, reconstrução e recuperação das condições de vida do povo haitiano. Só no Brasil, através da Cáritas Brasileira, já foram arrecadados R$ 1.331.717,00. Deste total, R$ 500 mil já foram enviados na última semana.

A previsão da Cáritas Internationalis é que, em dois meses, 200 mil pessoas tenham sido ajudadas no Haiti com as doações de Cáritas.


Fonte: Cáritas Brasileira